Conversa de balneário

Estava eu muito concentrado a vestir o meu kinomo nos balneários do Dojo quando a minha atenção é captada por uma frase do Luís:

“Eu?! Ver o Brookeback Mountain? Recuso-me a ir ver esse filme!”... “Ainda se fossem duas gaijas...!”

Ao qual o Rodrigo respondeu - “Não sejas homofóbico!” – começando depois a contar uma tentativa de engate que ele tinha ‘sofrido’ – “Ele pôs-me a mão no ombro e disse para eu ir até ali com ele. E eu lá fui, desconfiado, até que me apercebi das intenções dele...”.

Eu interrompi-o perguntando-lhe: “E nessa altura já era tarde demais?”

O Rodrigo sorriu e foi a vez do Francisco contar uma situação de “...um rapaz com umas calças muito justas...” (assim descrito pelo Francisco) que se terá virado para trás convencido que tinha sido objecto de apalpanço pelo próprio Francisco!

No seguimento de um diálogo, intercalado com os comentários do Luís, o João conta uma pequena investida de que foi alvo no Frágil e o quanto atrapalhado ficou.. O Rodrigo não deixou de dar a sua opinião de experiente objecto sexual – “Eu quando é assim digo: Tu não és o meu género”.

Mas numa conversa em que eu tentava passar despercebido o Luís tem mais uma wonder-tirada:

“E tu Sérgio? Não tens nenhuma para contar?”

Eu, completamente atrapalhado, lá disse, a olhar para o chão:

“Não costumo ter encontros desses de 3º grau...”

No meio daquilo tudo eu procurava o olhar do Pedro, que silencioso como eu, me entendia perfeitamente!