Aikido #2

V for Vendetta

O Sohj falou da volta do instinto fatal... eu recomendo-vos o V. Para quem se emociona com a luta por um ideal, para quem queira reflectir um pouco acerca da mobilização de pessoas pelo medo ou simplesmente para quem goste de uma história com um atraente herói-vilão tranportado do romantismo para um futuro próximo. Há que lembrar também a banda sonora. O filme vale pelos momentos ao som da Overture 1812 de Tchaikovsky. Se a tiverem à mão vão ouvi-la rapidamente e depois vejam como se enquadra tão bem no filme. Lindo, lindo...

Ponte pedonal sobre o Douro

A Câmara de Gaia deu o pontapé de saída para uma nova ponte pedonal entre as ribeiras de Gaia e Porto com a encomenda do projecto a Adão da Fonseca. Engenheiro apresentou a obra, avaliada em 10,5 milhões de euros, numa cerimónia marcada pela ausência da Câmara do Porto.

“Uma ponte transparente, típica das pontes suspensas”

“É uma ponte do princípio deste século pelos materiais a usar e pelas capacidades de cálculo e construtivas”

Adão da Fonseca prevê que a ponte seja muito sensível ao vento, o que justifica a necessidade da elaboração de estudos experimentais...

Irá para a frente?

Basic Instinct 2

Já vi o trailer.
Tinha ouvido rumores de que o mais famoso cruzar de pernas do mundo estaria de volta, mas não pensei que fosse tão cedo. Sharon Stone, de 48 anos, continua sexual e arrebatadora como sempre! O filme promete? Talvez... mas promete o quê? Vi uma entrevista com a bela Sharon Stone em que ela admitia já precisar de uma dupla de corpo nas cenas mais íntimas... mas quem se importa?! Os que a irão ver, será com certeza pelo seu belo... talento.

- estreia prevista a 6 de Abril -

WC - Homens

Este video é capaz de corresponder à ideia que as ‘miúdas’ têm do ambiente numa WC masculina. Mas sou obrigado a desfazer o mito. A verdade é que é complicadíssimo sobreviver numa casa de banho masculina, o que só acontece se seguirmos regras. Ora bem!! Desde o momento em que entramos, somos forçados a seguir um protocolo que não deve ser quebrado!

Para começar, se quisermos ir a um urinol, temos de deixar sempre um de intervalo. Por exemplo: se houver três urinóis, primeiro ocupamos um de uma das pontas para que o da outra ponta seja ocupado em seguida. O urinol do meio NUNCA é ocupado – porque inviabiliza automaticamente a utilização dos outros dois, o que conduziria a um subaproveitamento de recursos. Numa situação de lotação, em que os urinóis impares estejam ocupados, podemos utilizar os compartimentos individuais e no caso de também estes ficarem cheios não podemos usar os urinóis pares. Simplesmente deixamos passar o tempo fingindo pentear o cabelo ou lavando as mãos, etc… até que um dos urinóis vague.

É claro que há sempre os mais “distraídos” que vão directamente para o urinol do meio (o que é altamente suspeito!), mas nós discretamente passamos a usar um dos compartimentos.

Outra regra é que duas pessoas nunca se cumprimentam com aperto de mão numa WC. E os que se precipitam e estendem a mão, rapidamente ‘caem’ em si e a recolhem, disfarçando.

É permitido trocar-se uma ou duas palavras do género: “Olá? Tudo bem?” e responder-se do género “Tudo, e contigo?”. Mas a partir daí não deve haver desenvolvimentos. Mesmo que não se vejam há meses não se deve passar à fase seguinte e perguntar: “Então, que tens feito?”. A solução é ignorarem-se, saírem da casa de banho e continuarem a conversa cá fora.

Ah! E se alguém cá fora perguntar se viste alguém em particular, alguém que tu até viste na casa de banho, podes dizer que “Sim, vi-o… por ali”, não dando margem de manobra para te perguntarem onde, porque não poderias responder. Mas para evitar essa situação podes simplesmente dizer que não viste esse alguém, o que é completamente compreensível já que numa casa de banho é suposto tu prestares atenção unicamente ao que estás a fazer, ignorando o que se passa à tua volta.

Como podem ver, estamos a anos-luz de ir à casa de banho em grupo e conversar sobre tudo e alguma coisa…

Cérebro nas Escolas

Pois é.. sabiam que esta semana foi a semana internacional do cérebro? Como projecto de neurocientista que sou andei por algumas escolas a explicar a meninos do 6º e 9º ano como funcionava o cérebro e o que é que as drogas lhe faziam. Foi uma óptima experiência, porque aprendemos realmente muita coisa quando somos obrigados a trocar por miúdos informação que seria facilmente desviada com um mero “isso é difícil de explicar” ou ”os cientistas não sabem bem como a coisa funciona” :) Fiquei muito contente por ser um tema que consegue captar a atenção dos miúdos mais irrequietos e pô-los a fazer perguntas durante mais de meia hora, até depois de tocar a campainha! E todos nós lembramos como a campainha era importante nas nossas vidas! O melhor ainda foi verificar as diferenças entre uma escola pública metida entre dois bairros sociais e um colégio privado em que os alunos tinham um auditório digno de uma sala de espectáculos. Contra todas as expectativas, encontrei na escola pública miúdos mais atentos e interessados e com perguntas mais pertinentes. E encontrei nos professores pessoas dignas de todo o meu respeito, por conseguirem levar crianças com todo o tipo de dificuldades a GOSTAREM de estar na escola, a fazer experiências sobre o crescimento de feijões e comportamento de animais depois das horas de aulas. Afinal, basta motivação e não uma escola nova para manter aqueles jovens cérebros a funcionar...

Alguns momentos engraçados... e perguntas difíceis de responder!

- Eu sei bem que não é o coração que sente. Mas então onde é que está o amor? No cérebro?

- Porque é que eu gosto daquela menina e não de outra?

- Porque é que eu sonho com coisas e depois no dia seguinte elas acontecem?

- Porque é que a gente vê fantasmas?

- Porque é que as pessoas morrem de tristeza?

- Porque é que eu não sou canhoto e uso a mão esquerda para me masturbar?

- Que parte do cérebro é que controla o meu desejo sexual? (muitos muitos risinhos)

- Porque é que eu ontem me aleijei no dedo e agora me dói o osso?

- O que é que aquelas barrinhas que a gente desfaz e depois fuma... ahh não me lembro de nome... fazem ao cérebro? (6º ano)

- O que é um aneurisma? (uma certa personagem de telenovela tinha um aneurisma. Eu ouvi esta pergunta umas 10 vezes) e uma trombose? E um AVC? E um derrame? E a tuberculose? E um tuberculoma?

- Sabes? Eu um dia estava a ver os morangos com açúcar e a (alguém) estava a tentar matar a mãe da Ana Luísa e depois eu sonhei que estava a matar os meus amigos...

- O meu avô tem Alzheimer e Parkinson! Se as pessoas têm Alzheimer e Parkinson ao mesmo tempo como é que sabemos que têm as duas doenças?

- Os canabinóides (da ganza) têm alguma coisa a ver com aerossóis?

- Um tipo que eu conheço espetou uma seringa na perna e depois ficou sem perna.. porquê?

Aikido

Hoje pratiquei Aikido.

É extraordinária a influência positiva que o Aikido tem sobre mim. Independentemente de andar cansado, com poucas horas de sono ou de ter 1001 coisas para fazer, sei que encontro ali um espaço de tranquilidade e beleza que me desliga do resto.

É só um até já

Para mim é um até já. Para ti é um até logo.

Às vezes pode parecer ridículo eu escrever um post dedicado a alguém que 'só' vai estar fora 5 meses. Mas é um 'só' para mim ou para outros amigos, ou para quem ler este post. Mas não é um ‘só’ para quem vai estar longe da família, do namorado, dos amigos, da sua casa, das caras e imagens conhecidas e rotineiras. Não é um ‘só’ para quem vai estar longe de todo um conjunto de coisas que faziam parte do dia-a-dia e de repente desapareceram.

Podem dizer que agora há e-mails, messengers, blogs, webcams e até mesmo sexo virtual. Mas sabe a pouco. E no 1º mês em que tudo está fresco e tudo é abafado pela azáfama de estar num novo país talvez seja suportável… mas a partir daí…

E nessas alturas são as pequenas coisas que nos ligam aos nossos amigos. E tenho de ser óbvio: uma das razões que me fez remodelar o blog é o facto de teres ido para longe e, de alguma maneira, contribuir, mesmo que pouco, para que te sintas um pouco mais perto de nós.

Lembro-me da primeira vez que entrei para o Aikido.

Há um ano e meio atrás tu tinhas um penteado muito estranho, mas isso agora não interessa para nada. O que interessa é que tive o primeiro contacto com um rapaz que se viria a tornar um grande amigo meu. E depressa surgiu carinho por alguém que me projectava para cima do ar condicionado.

Desde aí tivemos momentos muito memoráveis.

Lembras-te de todos aqueles jantares depois dos treinos em que eu tentava perceber alguma coisa de biologia e tu tentavas perceber o que se passava com o meu cabelo, em que conversávamos sobre tudo sem tabus ou preconceitos ou quaisquer restrições; quer estivéssemos cansados, em véspera de exames ou não. Lembras-te das noites de Haagen Dazs em vossa casa e da pornografia que me mostravas na tua cama cor-de-laranja? Lembras-te das noites no Cup&Cino e nos dias de sol nos estágios? Lembras-te?

Eu lembro-me bem Nuno.

Alguém me disse que o nosso grupo não tinha futuro. Que eram “um ou dois pretty boys e o resto eram órbitas". Quem quer que o tenha dito está errado, pois apesar de continuares a engordar, o grupo continua unido.

E no que depende de mim, as ligações estão mais estáveis e fortes do que nunca.

Até já Nuno, meu caro aikidoca.

Conversa de balneário

Estava eu muito concentrado a vestir o meu kinomo nos balneários do Dojo quando a minha atenção é captada por uma frase do Luís:

“Eu?! Ver o Brookeback Mountain? Recuso-me a ir ver esse filme!”... “Ainda se fossem duas gaijas...!”

Ao qual o Rodrigo respondeu - “Não sejas homofóbico!” – começando depois a contar uma tentativa de engate que ele tinha ‘sofrido’ – “Ele pôs-me a mão no ombro e disse para eu ir até ali com ele. E eu lá fui, desconfiado, até que me apercebi das intenções dele...”.

Eu interrompi-o perguntando-lhe: “E nessa altura já era tarde demais?”

O Rodrigo sorriu e foi a vez do Francisco contar uma situação de “...um rapaz com umas calças muito justas...” (assim descrito pelo Francisco) que se terá virado para trás convencido que tinha sido objecto de apalpanço pelo próprio Francisco!

No seguimento de um diálogo, intercalado com os comentários do Luís, o João conta uma pequena investida de que foi alvo no Frágil e o quanto atrapalhado ficou.. O Rodrigo não deixou de dar a sua opinião de experiente objecto sexual – “Eu quando é assim digo: Tu não és o meu género”.

Mas numa conversa em que eu tentava passar despercebido o Luís tem mais uma wonder-tirada:

“E tu Sérgio? Não tens nenhuma para contar?”

Eu, completamente atrapalhado, lá disse, a olhar para o chão:

“Não costumo ter encontros desses de 3º grau...”

No meio daquilo tudo eu procurava o olhar do Pedro, que silencioso como eu, me entendia perfeitamente!

To Unzip

Pois bem! Alguns meses depois da minha última participação mais activa no blog 2friends's thoughts, decidi voltar trazendo uma nova cara ao blog, To Unzip. Já me disseram que o conceito envolvido na nova imagem do blog é muito sexual! Fiquei perplexo com tal opinião! É que eu sempre encarei o 'fecho' como uma metáfora para a abertura do nosso ser ao resto do mundo (ou apenas a uma pequeníssima comunidade que eventualmente podesse encontrar o nosso, escondido, blog). Nunca tal me passaria pela cabeça, de associar o conceito ao fecho das minhas calças ou eventualmente a outras calças mundanas. Claro que não! É numa atitude puramente altruísta, de partilha de algo que me é muito íntimo, que surgiu este conceito!

Quem me conhece, sabe perfeitamente disso :)