A maternidade é proibida?!
"Não ha nada mais sensual do que a paixão de um menino pela sua mãe. É a luxúria mais requintada, mais proibida. E também é a mais natural"
Houve grande hesitação da minha parte em postar esta frase, do livro que ando a ler ("Príncipe das Marés"). Embora tenha surgido no contexto mais puro, as palavras sensual/luxúria/proibida transportam-nos irremediavelmente para outra dimensão. Estou em alternância entre elogiar a pura verdade da frase e criticar toda a sua ousadia ou mesmo veracidade!
Sensual!? Talvez... se interpretarmos como sólida origem na sensação. Mas luxúria?! O luxo deslumbra os parvos e não produz um só prazer verdadeiro, tal como dizia Genlis... será a palavra mais ideal para descrever a relação entre a mãe e o filho? Proibida? Se é natural, como é que é proibida? Não houve tendência de proibir o que não é natural? Ou será que o conceito natural foi definido depois de definir o que é proibido, ou seja, o 1º é consequência do 2º? Será qua a nossa sociedade é tão falsa, que torna taboo até o que é natural?
Mais perguntas do que respostas... algumas de resposta demasiado óbvia. Mas esta extensão do complexo de édipo é, no mínimo, ousada!
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